NOVO MANIFESTO PELA FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES DE MAIO, E FIM DA "RESISTÊNCIA SEGUIDA DE MORTE"

segunda-feira, agosto 30, 2010

CARTA DAS “MÃES DE MAIO” AO I ENCONTRO DE BLOGUEIROS PROGRESSISTAS


A INTERNET NÃO PODE SUBSTITUIR A PRESSÃO DAS RUAS


Nós, Mães de Maio, escrevemos esta mensagem de agradecimento e reflexão sobre o I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas.

Em primeiro lugar, com muito respeito e humildade que é o nosso proceder, agradecemos a confiança pelo convite e a calorosa recepção que tivemos de todas e todos os participantes do Encontro. Estamos ainda engatinhando nessa ferramenta que é a blogosfera, a qual acreditamos ser bastante importante para os movimentos sociais e para as comunidades pobres de todo o país. Com ela, já conseguimos romper uma série de barreiras que sempre nos foram colocadas pelos poderosos e pelos detentores do monopólio da comunicação, esta minoria rica e geralmente branca que sempre bloqueou as nossas falas e as nossas idéias de circularem na esfera pública. Porém, há muito o quê avançar...


Débora, das Mães de Maio, participa da Mesa de Abertura do I Encontro de Blogueiros

Nosso cotidiano, que é o cotidiano da maioria da população, é marcado pelo massacre que o capitalismo sempre fez contra nós: desde as senzalas onde nossos irmãos negros, negras e indígenas eram explorados até a morte; até os tempos modernos, quando a chibata se transformou na ditadura do dinheiro e na farda da polícia. Sempre nos foram renegados todos os direitos fundamentais que qualquer ser humano deveria ter assegurado: a começar pelo Direito à Vida, o Direito de Ir e Vir, o Direito à Saúde, à Moradia, à Educação, à Cultura e à Comunicação Livre.

Nós lutamos por Igualdade de Oportunidades, por Justiça e, sobretudo, pelo Direito de Pensar e Viver em Liberdade. Sabemos que a Democracia que nós vivemos é uma verdadeira farsa, e nós apenas exigimos que ela seja Realizada Plenamente.

O público de blogueiros de todo o país (19 estados) lotou o auditório

Sabemos que temos um longo caminho para construir todas as transformações que o povo pobre e negro das periferias tanto precisam. Mesmo na blogosfera, há muito o quê se avançar no sentido de garantir o pleno acesso à internet e a todas as ferramentas que ela possibilita, visando fortalecer verdadeiros canais de comunicação da periferia com a sociedade como um todo, no país e no mundo. Sem o poder de Voz, de Ação e de Decisão da Maioria, não haverá nunca uma transformação igualitária e justa, inspirada pela Liberdade.

Idéias e Propostas foram discutidas em Grupos de Trabalho

Como propostas imediatas, três das nossas principais bandeiras em relação à blogosfera são:

- ACESSO: A Garantia do Acesso Gratuito à Internet e à Banda Larga para toda a população brasileira, principalmente a população pobre.

- FORMAÇÃO: A estruturação de uma Rede de Oficinas e de Formação, Crítica e Gratuita, que possa efetivamente democratizar a utilização dessas ferramentas (como blogs, sites etc). Orientando também sobre todos os perigos que a mesma blogosfera pode significar.

- SOLIDARIEDADE: Por fim, apoiamos a criação de uma verdadeira rede de blogs, sites, de apoio jurídico gratuito e de apoio material solidário para os efetivos defensores da democracia e da liberdade, visando nos proteger a todos – principalmente quem se encontra mais ameaçado - frente a criminalização dos trabalhadores pobres e dos movimentos sociais. Se a classe trabalhadora não formos solidários entre nós mesmos, ninguém será por nós!

Pelas Ruas do centro de São Paulo, a caminho do encontro, a Realidade Grita por Justiça!

Apesar de todo o significado do Encontro de Blogueiros e de várias de seuas propostas, sabemos que todas estas medidas necessárias e urgentes não podem criar a impressão e a euforia de que a blogosfera vá substituir a organização popular e a presença cotidiana nas ruas. Sabemos que uma das principais táticas dos poderosos é incentivar que as pessoas fiquem cada vez mais isoladas entre si, dentro de suas casas, reféns do medo do contato direto nas ruas, onde a vida realmente acontece. Este esvaziamento de algumas pessoas das ruas (enquanto elas seguem sendo tomadas por pessoas pobre como nós, descartadas pelo capitalismo, e sem qualquer perspectiva de vida digna), por maiores que sejam as ações virtuais, gera a reprodução das desigualdades, das injustiças e da falta de liberdade efetiva no cotidano. Para nós da periferia, isso significa a ampliação da estigmatização, do terror e da impunidade perpetuada contra nós ao longo de todo a história. As ruas passam a ser apenas espaços de passagem, de compras e da violência contra nós que as ocupamos.

As Mães de Maio defendem que o prêmio "O Corvo" deve ser dado a todos os Corvos do Estado, responsáveis pelos Crimes de Maio e pelo terror cotidiano nas Periferias de nosso país

Por fim, continuamos repudiando as políticas e práticas de Segurança Pública no Estado de São Paulo. O troféu “O Corvo”, que foi dado à Judith Brito como uma das principais representantes da “Ditadura da Mídia” em nosso país, deveria ser dado também a todos Os Corvos que foram e são os responsáveis diretos pelos Crimes de Maio de 2006 e pelos massacres cotidianos nas periferias de todo o país. De nossa parte, convocamos a todas e todos os blogueiros que participaram do Encontro, que se somem na blogosfera e nas ruas, na luta pela Verdade e por Justiça referente aos Crimes de Maio de 2006 e a todos os crimes similares que representam uma verdadeira “ditadura continuada” em plena era da democracia brasileira. Sem pressão popular não haverá os desarquivamentos, os julgamentos e as devidas punições de todos os agentes de estado responsáveis pelas matanças de ontem e de hoje!

Mães de Maio e Rede Contra Violência (RJ) nas Ruas protestando pelos 4 anos de impunidade dos Crimes de Maio

Seguiremos lutando cotidianamente, nas ruas, na internet e aonde for, para que o Amanhã Seja Livre!

Muito Obrigada a Todas e Todos pelo Respeito, pelo Carinho e pelo Fortalecimento de nossa Luta! Esperamos que, cada vez mais, ela seja uma Luta de Todos Nós!

SEGUIREMOS ATENTAS, CONECTADAS E PRONTAS PRA LUTAR!

VIVA A PRESSÃO POPULAR!

MÃES DE MAIO

sexta-feira, agosto 27, 2010

Audios da Audiência Pública do Condepe

Ouça a gravação da Audiência Pública que aconteceu no Condepe/SP no dia 05 de agosto de 2010, no Espaço da Cidadania “André Franco Montoro”, situado no Largo Pateo do Collegio, no. 184, térreo, Centro de São Paulo.

Estiveram presentes entre outros o presidente do Conselho Regional de Medicina por ocasião dos crimes de maio de 2006, representante do Secretário de Segurança Pública, de direitos humanos, Defensor Público, jornalista do jornal A Tribuna de Santos, mães de vítimas mortas por policiais em São Paulo, mães de vítimas dos crimes ocorridos em Março e Abril de 2010, na Baixada Santista cometidos por grupos de extermínio e Mães de Maio.

Para ouvir a gravação da Audiência Pública clique aqui

quinta-feira, agosto 26, 2010

PARTICIPAÇÃO DAS “MÃES DE MAIO” NO I ENCONTRO DE BLOGUEIROS PROGRESSISTAS: “A BLOGOSFERA NÃO PODE SUBSTITUIR AS RUAS: A PERIFERIA GRITA!”

blog/luhttp://www.brasilianasorg.com.br/isnassif/os-crimes-de-maio-em-sao-paulo

Os crimes de maio em São Paulo
Enviado por luisnassif, sab, 21/08/2010 - 10:32

A primeira apresentação do Encontro dos Blogueiros é de Debora, da Mães de Maio.

Trata-se de uma senhora de periferia que resolveu reagir contra o massacre de 562 pessoas, em seis dias, comandado pelo alucinado Secretário de Segurança de São Paulo na época, Saulo de Castro Abreu Filho. Entre os mortos, teve um filho assassinado, assim como uma moça grávida de nove meses e seu marido.

Clique aqui para entender esse horror, que apenas a blogosfera tem condições de divulgar.



http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/08/meus-tres-livros-sobre-o-encontro-de.html

MEUS TRÊS LIVROS SOBRE O ENCONTRO

(...) Uma blogueira que eu não conhecia, Débora Silva, das Mães de Maio, fez um discurso comovente. Seu filho, que não tinhaantecedentes criminais, foi uma das 562 pessoas assassinadas em uma semana de maio de 2006, em SP. Foi a retaliação da política paulista à revolta do PCC. Ela lembrou que 562 pessoas, vítimas do Estado, representam uma matança maior por parte da polícia que durante toda a ditadura militar. Graças à mobilização, essas mães conseguiram mandar 22 policiais pra cadeia. Débora disse que a blogosfera não pode substituir as ruas, e pediu para que o capitalismo não nos impeça de pensar. Ela se emocionou muito e chorou, e eu também, óbvio.



http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6&id_noticia=135499

21 DE AGOSTO DE 2010 - 22H40

(...) Diversidade

A resistência à mídia hegemônica e a oposição ao ideário direitista de Serra são pontos consensuais num Encontro que, contraditoriamente, demonstrou e enalteceu a diversidade da blogosfera, bem como seu caráter democrático. Nem todos os participantes são de blogs que se debruçam sobre as eleições presidenciais ou os abusos da grande imprensa. É o caso de Débora Maria da Silva, líder do movimento Mães de Maio.

À frente de um blog que leva o mesmo nome de seu movimento, a ativista aderiu à mídia alternativa devido aos acontecimentos que abalaram o estado em maio de 2006. Em retaliação à ofensiva do PCC (Primeiro Comando da Capital) sobre o sistema penitenciário e policial no estado, agentes de segurança exterminaram 562 pessoas naquele mês – “mais do que a ditadura” liquidou em 21 anos. Uma das vítimas, lembra Débora, foi uma mulher grávida que estava a três dias de fazer cesariana.

“São Paulo é um estado capitalista e autoritário”, denunciou Débora, ao lado de Nassif e PHA, na mesa de abertura do Encontro. Segundo ela, é à blogosfera que os movimentos devem recorrer para lançar seus pontos de vista e tentar sensibilizar a opinião pública. “O blog é um espaço democrático para nos manifestarmos. Não podemos deixar que barrem o direito de pensar do brasileiro, e a luta só se ganha com pressão.”




http://www.fazendomedia.com/encontro-dos-bloguerios-progressistas-reune-mais-de-200-comunicadores-independentes-em-sp/

ENCONTRO DOS BLOGUERIOS PROGRESSISTAS REÚNE MAIS DE 200 COMUNICADORES INDEPENDENTES EM SP
Por Tatiana Lima, 23.08.2010



(...) Débora da Silva, representante do blog Mães de Maio defendeu que a sociedade e os movimentos sociais precisam se apoderar desta ferramenta. Para ela, a internet não substitui o papel da rua, que é ”o verdadeiro espaço de luta e pressão social”. Entretanto, o blog é um mecanismo de romper a censura velada dos meios de comunicação e do poder público.

“Estou aqui para aprender e para denunciar. A internet é democrática, podemos levar nossa voz para todos os cantos. Obrigamos o estado de São Paulo a admitir que mataram nossos filhos. O assassinato de 562 pessoas não foi resultado apenas de uma ação de facção criminosa. O estado exterminou nossos filhos. Eles tiveram que admitir”, revela.



http://altamiroborges.blogspot.com/2010/08/as-mulheres-no-encontro-das-blogueiras.html

AS MULHERES NO ENCONTRO DAS BLOGUEIRAS

Destaco o emocionante e corajoso depoimento de Débora da Silva, do blog Mães de Maio, que seguramente encorajou outras mulheres a continuar lutando por seus ideais de justiça social e liberdade de expressão.



http://www.ciranda.net/brasil/article/300-podem-virar-mil-ano-que-vem

300 podem virar mil ano que vem!
Esse, aliás, é um aspecto simbólico que pode ter passado quase despercebido durante o fim-de-semana: mostramos a força dessa parceria entre movimentos sociais, sindicatos e blogueiros independentes. Como deixou claro a Débora Silva , do “Movimento Mães de Maio”, logo na mesa de abertura no sábado: a internet tem mais força se estabelecer essa parceria com as ruas, com a turma que se organiza em associações e sindicatos. A força da blogosfera progressista é a força dos movimentos sociais. Uma não existe sem os outros. A internet não substitui o combate nas ruas, na realidade concreta.

http://engajarte-blog.blogspot.com/2010/08/encontro-blogueiros-progressistas.html
SÁBADO, 21 DE AGOSTO DE 2010
Encontro Blogueiros Progressistas
Débora Silva: "O movimento por mudança social que existe na internet tem que ir para a rua."

Nas primeiras horas do Encontro de Blogueiros Progressistas, o dramático depoimento e presença de Débora Silva, liderança do movimento Mães de Maio , foi a grande novidade.

O relato de sua luta pela justiça contra os crimes cometidos na sequência do ataque do PCC em São Paulo, onde em uma semana foram assassinadas 500 pessoas, segundo ela, nem na ditadura tivemos um massacre semelhante.

Causou comoção ao auditório a presença simples, direta e verdadeira desta mãe, vitimada não por uma violência difusa, mas de crimes de mascarados, onde por debaixo das máscaras existiam PMs de São Paulo, como ela relatou, foi vítima da violência do estado, crimes ocorridos durante o governo Geraldo Alckimin.

Recordo agora dos estudos da época dos massacres, onde mais de 70% dos mortos não tinham nenhuma passagem pela polícia, eram cidadãos comuns.

Agora Débora Silva segue com sua luta por justiça, e já congrega movimentos e denúncias de todo o Brasil, habilmente utilizando os recursos da Web e, por sua consistência já consegue também acesso a alguns meios tradicionais de jornalismo.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Blog do Dia

O blog Mães de Maio foi considerado "Blog do Dia", pelo jornalista Luiz Carlos Azenha no blog Vi o mundo.

Vá ao Viomundo CLICANDO AQUI.

terça-feira, agosto 24, 2010

Encontro de blogueiros

O Blog Mães de Maio na pessoa de Debora Maria da Silva participou do Encontro Nacional de Blogueiros que ocorreu em São Paulo neste final de semana, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, com mais de 300 pessoas de todo Brasil.





Crédito das fotos: Conceição Oliveira.





sexta-feira, agosto 13, 2010

“Luto como mãe” estreia dia 20 de agosto no Rio de Janeiro - Documentário revela a luta de mães de filhos assassinados em chacinas do Rio





Assista ao documentário "LUTO COMO MÃE" em agosto nos Cinemas (Ponto Cine, Estação botafogo e Cinema nosso).
Documentário sobre o rosto feminino da violência armada no RJ.


“Luto como mãe” estreia dia 20 de agosto no Rio de Janeiro
Documentário revela a luta de mães de filhos assassinados em chacinas do Rio

Com uma câmera na mão, mulheres revelam que por trás das belezas naturais do Rio de Janeiro se esconde a dor de quem perdeu seus filhos para aqueles que, por ironia, deveriam proteger a segurança da população. Dar visibilidade para essas mães é a proposta do documentário “Luto como mãe”, do cineasta Luis Carlos Nascimento, que estreia no próximo dia 20 de agosto no Rio de Janeiro.

O longa retrata chacinas cometidas por policiais repercutidas em todo o país e nomeadas como as “Mães de Acari”, “Chacina da Candelária”, “Chacina da Baixada” e outras tão importante quanto essas. Durante quatro anos, Luis Carlos Nascimento acompanhou de perto junto com uma equipe de cinema o drama dessas mães, desde a coleta de depoimentos até os desdobramentos dos casos perante a justiça. Com uma “hand can” nas mãos, as mães documentaram suas passeatas, mobilizações, comemorações familiares e ainda realizaram entrevistas com maridos e familiares contribuindo para a inovação no processo de construção da narrativa do documentário. “Ignora-se que, para cada marido, cada filho, cada homem morto, existe sempre uma mulher por trás”, lembra Luis Nascimento no filme.

A visibilidade dessas mortes é passageira, dura enquanto a notícia durar. Seus rostos aparecem nas capas dos jornais, noticiários de TV sempre com uma lágrima demonstrando toda a sua dor. Mas tudo isso é momentâneo, no dia seguinte ninguém lembra mais do fato ocorrido e não sabemos o que essas mães fazem no dia a dia de suas lutas após o momento do luto. É sobre esse rito de passagem do Luto à luta que em 70 min o documentário "Luto como Mãe" vai mostrar com cenas emocionantes e envolventes essas mulheres de força, persistência, vontade de justiça e de mudança.

Elizabeth Medina Paulino, uma das mães de filhos assassinados na chacina da "Via Show", relata no documentário que resolveu correr atrás de justiça para que isso não ocorra com nenhuma outra mãe. "A única coisa que tinha medo era perder meus filhos e agora não tenho mais medo de nada”, conta Elizabeth que esteve no lançamento do documentário em Portugal e, segundo ela, quando acabou a exibição ficou aquele silêncio, todo mundo perplexo. Só depois vieram os aplausos.

“Luto como Mãe” participou da 14ª edição do Festival Internacional do Rio (2009) - onde concorreu a três prêmios: melhor direção, melhor documentário e melhor filme do júri popular; no Festival Viña del Mar (Chile/2009); no 12ª Festival de Cinema Brasileiro de Paris (França/2010); no 1ª Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa – FESTin (Portugal/2010); na 3ª Mostra Internacional de Cinema em Língua Portuguesa, entre outros.
O documentário "Luto como Mãe" tem a direção do cineasta Luis Carlos Nascimento, produção da TV Zero, Jabuti Filmes e Cinema Nosso. O longa foi realizado em parceria com CES- Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal) e CESEC- Centro de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes e conta também com o apoio da Fundação Ford , IPAD- Instituto Português para o Desenvolvimento, Sebrae/Rj e Fase.


Diretor Luis Carlos Nascimento

‘Luto como Mãe” é o primeiro longa-metragem do cineasta que iniciou a carreira como produtor e escritor de teatro até a chegada do premiado filme “Cidade de Deus”, onde participou do elenco. Logo depois fundou a Escola Audiovisual Cinema Nosso, que conta com o apoio dos cineastas Fernando Meirelles e Kátia Lund, onde hoje é o presidente da Instituição.


Alguns trabalhos de destaque do cineasta Luis Nascimento:

Filmografia; Cidadão Silva, (Ficção, 2002, 16 mm, 8 min) Produtor Executivo; O Cego, o Diabo e o Bom Pastor, (Ficção, 2003, DVCam, 13 min) Roteirista e Diretor; Sapukay, (Documentário, 2004, Mini DV, 9 min) Produtor Executivo;Vivendo e aprendendo, (Documentário, 2004, Digital, MiniDV, 6 min) Diretor; Nova Baía, (Documentário, 2004, Digital, Mini DV, 15min) Diretor; Nova Esperança – Yawanawa (Minissérie Rede Povos da Floresta - 2003, Mini DV, 8min) Roteirista e Diretor;Xacriabá, (Minissérie Rede Povos da Floresta - 2005, Mini DV, 10min) Diretor; Apiwtxa, (Minissérie Rede Povos da Floresta - 2003, Mini DV, 12min) Roteiro e Diretor;Construindo o Futuro (Documentário, 2005, Mini DV, 7min) Diretor e Produtor; Crime Quase Perfeito (Ficção, 2004, Beta Digital, 18 min) Roteirista e Diretor; Vida nova com Favela (Documentário, 2005, Mini DV, 14min) Roteirista e Diretor; Amarribo - controle social (2007, Mini DV, 6min) Diretor; Agro vidas (Documentário, 2007, Mini DV, 15min) Roteirista e Diretor;Cidade das Abelhas (Documentário, 2007, Mini DV, 12min) Roteirista e Diretor; Uma mãe como eu... (Documentário, 2007, Mini DV, 14min) Roteirista e Diretor; Os investigadores (Doc-ficção, 2009, HD, 15min) Roteirista e Diretor.


Mais informações no site do filme: http://www.lutocomomae.com/pt/

Salas de exibição:

Ponto Cine, Cinema Nosso e Cinemas do Estação Botafogo.

terça-feira, agosto 10, 2010

Polícia apura crimes de execução

A TRIBUNA - Sábado 7 de agosto de 2010



FERNANDO DIEGUES
da Redação



A Secretaria de Estado de Segurança Pública de São Paulo afirma estar avançando na apuração dos responsáveis pela onda de assassinatos ocorrida em abril, que marcou a Baixada Santista no segundo trimestre deste ano. Quem garante é do titular da pasta, Antônio Ferreira Pinto. Foram 22 casos atribuídos a um grupo de extermínio autodenominado Ninjas da PM. As ações se concentraram em Cubatão, Guarujá, Santos e São Vicente. Sobre as investigações, Ferreira Pinto destacou "que estamos progredindo bastante. O Ministério Público pediu a prisão de 17 policiais militares. Já há elementos suficientes para a denúncia". Ainda sobre a onda de execuções, o secretário comentou que "a intervenção foi tão eficaz que acabaram esses tipos de execuções, infelizmente com o envolvimento de policiais militares". O secretário estadual esteve ontem na inauguração do posto do Corpo de Bombeiros de Santos, na Vila Nova, e comentou que a queda dos índices criminais no Deinter-6 "é um trabalho contínuo, de inteligência". O órgão é o responsável pela Polícia Civil na Baixada Santista e Vale do Ribeira, e a redução do índice é referente aos meses de abril e junho deste ano, comparando com o mesmo período do ano passado. "Quando assumi a secretaria, defini como meta o combate aos crimes patrimoniais. Os índices estavam crescendo, atingimos uma estabilidade e agora nesse trimestre houve queda em todos os indicadores. Graças ao trabalho conjunto das policiais Civil e Militar".

CUBATÃO

Ferreira Pinto comentou sobre a intenção de ser criado um posto, em Cubatão, para ajudar na prevenção ao roubo de carga. "Intensificamos o policiamento em Cubatão onde há estacionamento de caminhões. Nossa ideia é estabelecer um posto naquela região parafiscalizar melhor. Temos um projeto aprovado pela Secretaria de SegurançaPública". Além dos crimes patrimoniais, os homicídios dolosos (quando há intenção de matar), também apresentaram queda na região no 2º trimestre de 2010. A redução foi de 14% no comparativo com o período de abril a junho de 2009. Foram 80 casos no ano passado contra 69 em 2010.

AUMENTO DO EFETIVO

Afirmando que "a demanda é muito grande" ao ser perguntando sobre aumento de efetivo na região, Ferreira Pinto disse que está sendo concluído o curso de escrivães de polícia. "Vamos destinar escrivães para a Baixada Santista". Ele não precisou o número de policiais. Questionado também em relação ao ataque a tiros contra o prédio da Rota, em São Paulo, ocorrido no último domingo, o secretário classificou a ação "como um ato de vandalismo, não um ataque".

Órgão quer avançar na apuração de crimes cometidos por policiais

A Tribuna em 09.08.2010
RENATO SANTANA
DA REDAÇÃO

Intenção é fazer um relatório das reuniões sobre o assunto e encaminhá-lo ao governador Alberto Goldman

As discussões sobre violência policial e as ações de grupos de extermínio vão continuar. Na quinta-feira passada, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) realizou, na sede da Secretaria de Justiça, em São Paulo, uma audiência pública para analisar as execuções ocorridas em maio de 2006 e abril deste ano que deixaram 530 mortos. O objetivo é transformar os debates da audiência num documento. Depois, pedir fazer reunião para apresentar o conteúdo ao governador Alberto Goldman para que o Poder Público adote providências. "É uma coisa absurda termos até hoje uma comissão de mortos e desaparecidos da ditadura militar. Mas, muito pior ainda é a gente ter uma outra comissão de mortos e desaparecidos pela democracia". A manifestação é do presidente do Condepe, Ivan Seixas, barbaramente torturado nos porões do regime militar. E foi feita após a intervenção de familiares de vítimas de grupos de extermínio e violência policial. Enfáticos, elas disseram ao representante do secretário de Segurança Pública que se o Governo Estadual continuar se calando frente os fatos, o grupo vai denunciar os crimes para a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

SILÊNCIO

A ausência do secretário de Segurança, Antônio Ferreira Pinto, no encontro de quinta-feira foi muito questionada. Para o presidente do Condepe, chega a ser um desrespeito: "O conselho faz parte da Secretaria de Justiça. A audiência foi convocada pelo Diário Oficial com antecedência e o secretário marca compromissos para o dia. É um desrespeito". Um assessor apresentou um breve relatório das investigações sobre os crimes de encapuzados, comprovadamente formado por policiais, ocorridos em abril deste ano e que vitimou 22 pessoas. Até agora, apenas dois policiais estão detidos e outros dois recolhidos para tarefas administrativas. O assessor disse que as investigações seguem. No entanto, fez questão de justificar o uso da violência por policiais. "Num tiroteio, você atira em qualquer lugar. No peito, na cabeça. Funciona assim (...) mas estamos investigando cada caso para punir os policiais ruins", afirmou.

NOVOS PARADIGMAS

A Defensoria Pública foi representada por Carlos Weis. Para ele, o problema não deve ser pensado de maneira fragmentada, mas como um todo. "Não se trata de punir um ou outro policial, mas sim, mudar a política de segurança pública e de policiamento", defendeu Weis. O Ministério Público (MP) também participou da audiência. O promotor Eduardo Dias não eximiu o órgão de falhas nos inquéritos ­ sobretudo os que envolvem os crimes de maio de 2006. Contudo, ponderou sobre as dificuldades de trabalhodos promotores. "Em Santos, por exemplo, eu não acompanhei de perto os processos, mas a Vara do Júri é composta por apenas um promotor, o colega Octávio Borba. Fica difícil tocar inquéritos tão complexos sozinho".

"Por que o MP
não cria uma
força-tarefa para
apurar crimes
de grupos de
extermínio, de
violência policial?
Como se faz em
outros casos, como
lavagem de
dinheiro"
Antônio Maffezoli, defensor público