NOVO MANIFESTO PELA FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES DE MAIO, E FIM DA "RESISTÊNCIA SEGUIDA DE MORTE"

quinta-feira, agosto 25, 2011

"Estrebucha!", diz PM a baleado agonizante

24/08/2011 - 18h10
Folha.com
"Estrebucha!", diz PM a baleado agonizante; assista
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

ATENÇÃO: o vídeo a seguir contém imagens agressivas, veja o link abaixo:

http://folha.com/no964738

"Filho da puta, você não morreu ainda? Olha pra cá! Maldito. Não morreu ainda", diz uma das vozes, enquanto a imagem, em close, mostra a cena forte: um homem pardo, caído, espumando pela boca. Os olhos dele estão paralisados, em choque, com as pupilas dilatadas. A roupa está ensopada de sangue.

Ao fundo, é possível ouvir uma comunicação entre carros da polícia e os nomes Copom (Central de Operações da Polícia Militar) e Rota, grupo especial da PM paulista. Há um veículo Astra, de cor azul, com as portas abertas.


"Estrebucha! Filho da puta", diz uma outra voz.

Há um segundo homem estendido no chão. Ele está de bruços, algemado e chora.

"Tomara que morra a caminho [do hospital]. Não vai morrer, não?", diz, com ar de deboche, um outro PM.

As cenas estão gravadas em um vídeo obtido pela Folha. Elas estão nas mãos da cúpula da Segurança Pública paulista há duas semanas.

O Comando Geral da PM, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, e o Ministério Público Estadual querem saber quem são os dois homens que aparecem caídos no chão e como eles foram feridos.

Além disso, investigam onde e quando as imagens foram feitas. Há suspeita de que o episódio tenha ocorrido na Grande São Paulo e que as imagens tenham sido gravadas pelos próprios PMs (numa cena de crime como a que aparece no vídeo, apenas policiais têm livre acesso).

As autoridades também buscam informações se os suspeitos estão vivos ou mortos ou se estão presos.

RESISTÊNCIAS

Entre janeiro e junho deste ano, 334 pessoas foram mortas por PMs (em serviço ou não) no Estado de São Paulo. A média diária é de 1,85. Desse total, 241 óbitos ocorreram em casos de "resistência seguida de morte em serviço". No mesmo período, o número de policiais militares mortos (em serviço ou não) foi de 25.

segunda-feira, agosto 15, 2011

SEXTA(19/08): Lançamento do livro "Mães de Maio - do Luto à Luta" no Espírito Santo



CONVITE

O Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo – FEJUNES convida você para o Lançamento do Livro “Do Luto à Luta: Mães de Maio”, que acontecerá no dia 19 de agosto de 2011, sexta-feira, às 16 horas, no Auditório da OAB/ES, situado na Rua Alberto de Oliveira Santos, 59, Centro – Vitória/ES.

O livro retrata a história de luta e organização de mães, familiares e amigos que tiveram seus entes queridos assassinados majoritariamente por agentes do Estado e Grupos de Extermínio no estado de São Paulo no ano de 2006, episódio conhecido internacionalmente como os Crimes de Maio, conforme Ficha Técnica abaixo.

Além disso, o livro também contém contribuições de organizações parceiras do Movimento das Mães de Maio. Uma delas é o FEJUNES que registra na publicação um artigo sobre o “Extermínio da Juventude Negra no Espírito Santo”, escrito por seu Coordenador Luiz Inácio.

No ato de lançamento será realizado um Debate com a presença de representantes das Mães de Maio (SP), Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ), Associação de Mães e Familiares de Vítima da Violência (ES) e do próprio Fórum Estadual de Juventude Negra (ES).

Participe!

FICHA TÉCNICA
Título: “Do Luto à Luta: Mães de Maio”
Ano: 2011
Coordenação Editorial: Movimento Mães de Maio
Edição: Débora Maria e Danilo Dara
Ilustração e Capa: Carlos Latuff
Projeto Gráfico: Silvana Martins
Impressão: Giramundo Artes Gráficas
Apoio: Fundo Brasil de Direitos Humanos
Colaboradores: Mães e Familiares - Débora Maria (Mãe de Edson Rogério); Ednalva Santos (Mãe de Marcos); Vera de Freitas (Mãe de Mateus); Francisco Gomes (Pai de Paulo); Francilene Gomes (Irmã de Paulo); Ângela Moraes (Mãe de Murilo); Rita de Cássia (Mãe de Rogério) e Flávia Gonzaga (Mãe de Marcos Paulo). Poesias - Sérgio Vaz (Cooperifa), Michel Yakini (Elo da Corrente), Sarau da Brasa, Marcelino Freire, Rodrigo Ciríaco (Cooperifa e Mesquiteiros), Poeta Dinha, Hélber Ladislau (Cooperifa), Rapper GOG (DF), Jairo Periafricania (Cooperifa) e Armando Santos (São Vicente-SP). Artigos – Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ), Alípio Freire (Jornalista, Escritor e Artista Plástico), Danilo Dara (Historiador), Jan Rocha (Jornalista e Escritora), Lio Nzumbi (Reaja-BA), Luiz Inácio (FEJUNES-ES), Sérgio Sérvulo (Jurista) e Tatiana Merlino (Revista Caros Amigos).

quinta-feira, agosto 04, 2011

Mensagem do Coletivo Cultural Esperança Garcia

Salve Coletivo Cultural Esperança Garcia!

Tâmo juntas, Mulheres Periféricas Guerreiras!

FIRMES NA LUTA!
MÃES DE MAIO

http://esperanca-garcia.blogspot.com/

Salve a Tod@s,

Numa noite fria e chuvosa do dia 30/07 ocorreu o lançamento do Livro: "Do Luto á Luta" - Movimento das Mães de Maio, no Sarau Poesia na Brasa.
A indignação pairava no ar, os depoimentos das mães que tiveram seus filhos(as) brutalmente assassinados em maio de 2006, nos movia a agir, lutar contra todas as injustiças cometidas com a população jovem negra e periférica.
Nós, homenageamos estas mulheres, que não silenciaram sua dor, que gritam suas dores e as dores de todas as mães de abril, mães de maio, mães do ano inteiro.


Movimento das Mães de Maio



Interveção Poetica - "Mãe África"- poema de Raquel Almeida

Coletivo Cultural Esperança Garcia








Brechó
"Esperança Garcia"










Salve Mulheres, Salve Mães, Salve Guerreiras...

Axé pra Nós

quarta-feira, agosto 03, 2011

Na Era das Chacinas, Crimes de Maio seguem sem investigação (Revista Adusp)


Salve Compas:

Queríamos parabenizar e agradecer a toda equipe da Revista da Adusp pela excelente cobertura que fizeram do lançamento de nosso livro "Mães de Maio - do Luto à Luta", no dia 12 de Maio de 2011. Realizaram um ótimo trabalho!

É muito importante que este assunto seja também discutido dentro da Universidade, de maneira crítica e comprometida, preferencialmente a partir do testemunho e do posicionamento direto das mães, familiares e demais pessoas envolvidas de corpo e alma na luta.

Infelizmente, até hoje, são poucos os acadêmicos que têm essa postura respeitosa. A maior parte dos "especialistas" insiste em querer falar "em nome das vítimas", na maioria das vezes sem ter recebido qualquer mandato para isso. Mais uma razão para comemorar o trabalho feito pel@s compas da Revista da Adusp, que vai na contramão dessa postura colonizadora.

A matéria completa pode ser conferida abaixo: basta clicar sobre cada imagem para ampliá-las e lê-las melhor!

Boa leitura a tod@s!
Valeu compas da Adusp!

FIRMES NA LUTA!
MÃES DE MAIO





terça-feira, agosto 02, 2011

Mães de Maio no Sarau da Brasa

Um Abraço Apertado a tod@s Guerreir@s do Sarau da Brasa!

Muito Obrigada pela Acolhida, pelo Respeito, e pela Energia Compartilhada!

O Registro, a Troca de Idéias, as Poesias e Músicas Fortes!

A Roda-Corrente no Final selando a Noite para História!

Tâmos Junt@s Sempre! Muito Axé!

FIRMES NA LUTA!
MÃES DE MAIO

http://brasasarau.blogspot.com/2011/08/maes-de-maio-no-sarau-poesia-na-brasa.html

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"MÃES DE MAIO" NO SARAU POESIA NA BRASA

Saudações.

Raiva, medo, indignação e vontade de mudar a situação, foram “esses ”os sentimentos presentes no último encontro do Sarau Poesia na Brasa, com a presença do Movimento das Mães de Maio, lançando o livro “Do Luto À Luta”.

Noite chuvosa e fria, parecia que o ambiente estava sendo preparado para o encontro que estava por vir. As “Mães” abriram a roda de conversa com depoimentos muito chocantes e deram um panorama geral do que é esse movimento; como nasceu e onde elas pretendem chegar.

Nas quebradas do mundaréu, quase tod@s já ouviram falar de mortes de jovens negros e periféricos, mas estar de frente, ouvindo os depoimentos de mães que tiveram seus filhos, violentamente tirados de suas vidas e que mesmo assim resolveram continuar vivendo, indo além, hoje lutam diariamente por justiça e pelo fim da violência, isso no mínimo nos levar a repensar a estruturas de “poder” presentes nas quebradas, seus conflitos e nossas posturas, enquanto movimento, dentro dessa situação.

Fica aqui registrado nosso compromisso com o Movimento das Mães de Maio em não deixar parar só nesse primeiro encontro os trabalhos aqui na “Zona Norte”. Vamos continuar organizando novos encontros a fim de denunciar o que foi os “Crimes de Maio” e identificar a “Mães de Maio” da nossa região.

Agradecemos pela presença de tod@s e em especial ao “Movimento das Mães de Maio”. Axé.