Era previsível... mas não passarão!!!
DIREITO À MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA! DIREITO À VIDA EM PAZ!
Santos, dia 08 de Agosto de 2012
Frente à recente multiplicação das críticas à atuação policial no estado de São Paulo, vindo de todas as partes aqui no Brasil e no Mundo, do Ministério Público Federal à Organização das Nações Unidas, bem como o enorme aumento da repercussão de nossas denúncias populares e apelos contra a violência policial, era previsível que os fascistas de turno fossem reagir tentando estigmatizar e criminalizar os seus críticos legítimos.
Nesta terça-feira (07/08/2012), durante um "Ato de Desagravo à PM" montado por parlamentares militares na ALESP, em São Paulo, o coronel Jairo Paes de Lira, ex-deputado federal, ex-comandante metropolitano da Polícia Militar em São Paulo e atual candidato a vereador pelo DEM na capital, afirmou que as pessoas e as entidades que defendem os cidadãos das arbitrariedades e violências cometidas pela Polícia Militar no estado fazem "parte de facções criminosas".
No mesmo dia, em Santos-SP, durante o julgamento do "PM do Carro Preto", na Baixada Santista, o seu advogado mais uma vez manobrou junto ao Júri para adiar e, assim, atrapalhar - novamente!!! - a Audiência do Julgamento de seu cliente, e ainda forjou um Boletim de Ocorrência acusado uma senhora, que teria o agredido, dela ser "integrante das Mães de Maio". Relatou que esta senhora teria feito ameaças a ele etc etc. Agressões e ameaças que, no caso de terem realmente sido feitas por quem quer que seja, o foram por alguém que não integra, muito menos poderia responder por nosso movimento, pois não corresponde a nossa conduta irretocável na luta pacífica pela Verdade e por Justiça, sempre buscando uma sociedade onde prevaleça a Igualdade, a Liberdade, e a Paz.
Diante de mais essas declarações e medidas fajutas buscando claramente estigmatizar o nosso movimento Mães de Maio, com o patente interesse de criminalizá-lo, nós vimos por meio desta reiterar enfaticamente que somos uma Rede de Mães, Familiares e Amigos de Vítimas da Violência com o exclusivo interesse de defender o Direito à Memória, à Verdade e à Justiça referente aos nossos entes queridos vitimados injustamente pela violência de agentes do estado. Superando a dor irreparável da perda fatal de nossos filhos e entes queridos, lutamos cotidianamente pela Verdade e por Justiça em relação a TODAS as vítimas atingidas pelos mais diversos tipos de violações dos Direitos Humanos mais fundamentais, a começar pelo direito à vida e à liberdade de ir e vir em segurança por nossas cidades. Nosso maior atestado são os calos nas nossas mãos, e as feridas no nosso corpo e na nossa alma, todas elas causadas por um estado opressor.
Não é por outra razão, senão por conta de nossos princípios e práticas cotidianas em busca de justiça e transformação social pela paz, que ao longo desses mais de 6 anos de existência nosso movimento já foi amplamente reconhecido nacional e internacionalmente, por entidades como a Anistia Internacional, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, a Human Rights Watch, a Clínica de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, o Prêmio Nacional 2010 de Direitos Humanos da Secretaria de DH da Presidência da República do Brasil, a Associação de Juízes pela Democracia, o Prêmio Nacional 2011 da Associação Nacional dos Defensores Públicos, o Prêmio Santo Dias 2011 de Direitos Humanos da ALESP, homenagem da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça pelo Dia da Mulher em 2012, indicados para o Prêmio de DH 2012 da OAB-SP, entre diversas outras manifestações contundentes de reconhecimento e congratulação pelo nosso compromisso incansável com a Verdade, a Justiça e os Direitos Humanos, sobretudo da população mais pobre e vulnerável no Brasil.
Nada nem ninguém nos desviará desses princípios, desse compromisso e dessa firme trajetória, irretocável! Tampouco conseguirá, sob nenhuma hipótese, nos estigmatizar fraudulentamente com caracterizações ou criação de situações que não nos dizem respeito, em absoluto!
MOVIMENTO MÃES DE MAIO
por Verdade e Justiça, Ontem e Hoje!
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