Data: 25/07/2011
Mães de vítimas da violência policial e representantes de instituições de defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes participaram nesta sexta-feira (23), no Rio de Janeiro, de uma manifestação para lembrar os 18 anos da Chacina da Candelária, ocorrida em 23 de julho de 1993 em frente à igreja, no Centro da capital fluminense.
A manifestação ocorreu logo após ato ecumênico em homenagem às vítimas da chacina e de demais episódios violentos. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, e a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Silveira de Oliveira, participaram das atividades.
De braços dados, reunido diante da igreja em torno da cruz com os nomes dos oito jovens mortos na chacina, o grupo de mulheres exibiu fotos de seus filhos desaparecidos, rezou e soltou balões grafados com a palavra paz. Além das mães da Candelária, também participaram da manifestação mães de outros episódios trágicos, como representantes do movimento Mães de Maio, da Baixada Santista, em São Paulo, e as mães de Realengo, movimento que surgiu após o assassinato de 12 crianças em uma escola do Rio de Janeiro, em abril deste ano.
Ao se reunir com as mães antes do ato ecumênico, a ministra Maria do Rosário fez questão de ressaltar que o objetivo do ato é somar esforços para enfrentar a violência. "Queremos unir a força dessas famílias para que essa brutalidade, gravada significativamente na história do Rio e do Brasil nunca volte a acontecer", disse.
“Os meninos da Candelária são filhos dos homicídios do Brasil mas também nossos filhos. Temos que lutar para que essa violência seja banida de nosso país, que está com a pena de morte decretada para a periferia”, disse Débora Maria da Silva, coordenadora do movimento Mães de Maio.
Após o ato ecumênico, os manifestantes seguiram pelo Centro do Rio na “Caminhada em Defesa da Vida – Candelária Nunca Mais!”, pedindo o fim da violência contra crianças e adolescentes e celebrando os 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Assessoria de Comunicação com informações da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário