Um Salve à Deize e a tod@s Guerreir@s da Rede Contra Violência, noss@s parceir@s no Rio de Janeiro!
COMUNICADO DA REDE CONTRA VIOLÊNCIA - RJ
Caso Andreu: após a primeira vitória, manter a mobilização! Exigimos justiça e condenação dos denunciados!
No final de maio, seis agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE) foram denunciados por crime de homicídio doloso pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Eles são acusados de torturar e matar Andreu Luiz Silva de Carvalho nas dependências do CTR (Centro de Triagem) do DEGASE na Ilha do Governador, no primeiro dia do ano de 2008.
Significa também um estímulo a todas aquelas famílias que sofreram com o mesmo tipo de crime e que querem e tem direito à justiça.
Mas para assegurar que de fato o caso prossiga até o fim, é preciso que seja garantida a mobilização.
Estamos convocando todos os lutadores por justiça, democratas, organizações que defendem os direitos do povo para realizar no dia 9 de julho um grande ato em defesa da justiça e pela punição dos assassinos de Andreu Luiz.
O ato será em frente ao DEGASE, Instituto Padre Severino, onde fica o CTR onde Andreu foi morto, na Ilha do Governador. Será também uma forma de mostrar às centenas de familiares de menores recolhidos nessa instituição, que estarão realizando visita, de que é possível lutar contra as barbáries que ali são cometidas todos os dias.
Andreu havia sido preso no dia anterior. A polícia subiu o morro do Cantagalo, Zona Sul, buscando prender quem servisse ao seu objetivo. o de achar alguém que pudesse ser responsabilizado pelo assalto de um militar norte-americano na orla de Ipanema.
Após essa prisão ilegal e arbitrária, Andreu ainda foi enviado para o DEGASE, uma instituição destinada a “ressocializar” jovens. Dessa forma, sob a custódia do Estado, Andreu foi submetido ao interrogatório tradicional da instituição, humilhações, agressões e violência de todo tipo, para confessar uma culpa que não tinha. Ao reagir a agressão dos agentes, Andreu foi submetido a uma cruel seção de tortura. Agressão com mesas e cadeiras, cabo de vassoura, saco com cocos, saco plástico sobre o rosto e outras formas de tortura que acabaram o levando à morte.
Após essa prisão ilegal e arbitrária, Andreu ainda foi enviado para o DEGASE, uma instituição destinada a “ressocializar” jovens. Dessa forma, sob a custódia do Estado, Andreu foi submetido ao interrogatório tradicional da instituição, humilhações, agressões e violência de todo tipo, para confessar uma culpa que não tinha. Ao reagir a agressão dos agentes, Andreu foi submetido a uma cruel seção de tortura. Agressão com mesas e cadeiras, cabo de vassoura, saco com cocos, saco plástico sobre o rosto e outras formas de tortura que acabaram o levando à morte.
Durante mais de três anos Deize Silva de Carvalho, mãe de Andreu, vem lutando por justiça no caso de seu filho, procurando movimentos populares e organizações defensoras dos direitos humanos para apoiá-la. Manifestações foram realizadas, inclusive diante do IML, para obrigar a exumação de corpo de Andreu para um novo laudo, que a justiça tinha determinado mas o Instituto responsável não cumpria. A denúncia do MP é a primeira vitória dessa luta árdua e penosa de Deize, que é a mesma luta de tantas mães, pais e irmãos de jovens e crianças brutalizados por agentes do Estado no Brasil.
Reconhecendo a grave violação de direitos que foi o assassinato de Andreu, o MP não apenas denunciou os agentes por homicídio, mas também pediu o afastamento deles das funções no Degase e sua prisão preventiva. O caso encontra-se na 4a Vara Criminal esperando a decisão da juíza Elizabeth Machado Louro sobre a denúncia do MP.
Toda a mobilização, as ações de denúncia, as panfletagens, manifestações diante dos órgãos de justiça, do instituto médico-legal, foram fundamentais para que essa decisão fosse tomada. Demonstra o quanto foram importantes todas essas ações sem as quais o caso não chegaria a esse ponto. E também que é possível punir criminosos violadores dos direitos humanos, mesmo os que se escondem nos órgãos do Estado para praticar seus crimes. E que são os primeiros a colocar em perigo a integridade física e a vida das pessoas sob sua custódia.
Significa também um estímulo a todas aquelas famílias que sofreram com o mesmo tipo de crime e que querem e tem direito à justiça.
Mas para assegurar que de fato o caso prossiga até o fim, é preciso que seja garantida a mobilização.
Estamos convocando todos os lutadores por justiça, democratas, organizações que defendem os direitos do povo para realizar no dia 9 de julho um grande ato em defesa da justiça e pela punição dos assassinos de Andreu Luiz.
O ato será em frente ao DEGASE, Instituto Padre Severino, onde fica o CTR onde Andreu foi morto, na Ilha do Governador. Será também uma forma de mostrar às centenas de familiares de menores recolhidos nessa instituição, que estarão realizando visita, de que é possível lutar contra as barbáries que ali são cometidas todos os dias.
Local: IPS/Degase, Estrada dos Maracajás, s/n, Galeão – Ilha do Governador
Dia e hora: sábado 09/07 às 12h
Mais informações:
Deize (mãe de Andreu): tel. 9490-2186
Rede Contra Violência: tel. 2210-2906
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