+ 1 vítima brutal da violência e do descaso do Estado
Arsênio, sua esposa e se filhinho recém-nascido: família inteira é vítima do Estado
Vítima dos Crimes de Abril de 2011, promovidos por agentes do Estado na Baixada Santista, o guerrêro Arsênio de Oliveira Júnior, 35 anos, recebeu oito tiros (sendo cinco no tórax), ficou paraplégico, perdeu seu emprego (sustento de sua família, mulher e três filhos), e não recebeu qualquer reparação, nem recebe qualquer auxílio do Estado. Acolhidos na casa da mãe de Arsênio, eles dividem um pequeno apartamento com outras nove pessoas e dependem de doações para comer. O INSS não aprovou o benefício por invalidez porque a mãe de Arsênio é pensionista. O valor só é concedido quando a renda da casa é inferior a um quarto de salário mínimo. O Estado também não indenizou o ex-garçom.
Por isso a gente decidiu apoiá-lo incondicionalmente, Nós por Nós mesm@s.
Assim começamos a partir de hoje uma Campanha de Solidariedade a este Guerrêro e toda sua Família, principalmente sua esposa (que também foi prejudicada no seu emprego, afinal fica lado-a-lado ajudando o marido), e seus três filhinhos pequenos (o mais novo, recém-nascido, na foto acima).
Para colaborar, favor depositar qualquer quantia na seguinte conta bancária:
BANCO: Caixa Econômica Federal
AGÊNCIA: 1233 (Gonzaga - Santos-SP)
CONTA: 01300152426-9
CPF: 279.171.768-43
Entendam ainda melhor o caso:
VÍTIMA DE ATENTADO NA BAIXADA VIVE NA MISÉRIA
Sobrevivente de ataque cometido por PM do carro preto está preso a cadeira de rodas e depende de doações
Thaís Nunes
thais.nunes@diariosp.com.br
Sergio Tomisaki/Diário SP
Se pudesse voltar no tempo, Arsênio de Oliveira Júnior, 35 anos, teria ficado em casa na noite de 10 de abril de 2011. Ele e o amigo Paulo Roberto Barnabé, de 34, tinham jantado em um quiosque na orla de Santos, Litoral Sul, e voltavam a pé para casa quando um motorista os parou para pedir informação. Dentro do carro preto, estava o soldado André Aparecido dos Santos. O PM foi responsável por uma série de atentados naquela madrugada. Paulo morreu com um tiro no coração. Arsênio ficou paraplégico.
Oito tiros atingiram Arsênio, cinco no tórax. O primeiro deles comprometeu o movimento de suas pernas. Mesmo assim, ele lutou contra o PM. “Você ainda não morreu, seu f...?”. Essa foi a única frase dita pelo homem que mudou o rumo de sua vida para sempre.
Depois de ver o amigo agonizar até a morte, Arsênio desmaiou. Acordou quatro dias depois na UTI. A mulher, Erika Kinikel de Andrade, 39 anos, estava grávida de sete meses. Uma semana após o atentado, ela teve uma crise nervosa e deu à luz no banheiro. Miguel, o caçula dos três filhos do casal, nasceu com saúde. Pai e filho se conheceram no hospital.
O soldado Aparecido está no Presídio Romão Gomes aguardando julgamento. Mas a prisão não ameniza os danos causados à vida de Arsênio. Preso a uma cadeira de rodas, com seis balas alojadas no corpo, ele e a família vivem na miséria.
VIDA CAÓTICA / O futebol no final de semana e os passeios de bicicleta viraram lembranças. “Preciso de ajuda até para acender a luz”, lamenta Arsênio, que supera um quadro profundo de depressão. Antes do atentado, ele fazia bicos como garçom e vendedor ambulante na Vila Belmiro. A renda mensal era de R$ 3 mil. A paralisia e as dores o impedem de trabalhar. Erika também tem de ficar em casa para cuidar do marido e das crianças. “A nossa renda hoje é zero”, contam.
Acolhidos na casa da mãe de Arsênio, eles dividem um pequeno apartamento com outras nove pessoas e dependem de doações para comer.
O INSS não aprovou o benefício por invalidez porque a mãe de Arsênio é pensionista. O valor só é concedido quando a renda da casa é inferior a um quarto de salário mínimo. O estado também não indenizou o ex-garçom. Até a fisioterapia, necessária para a recuperação de Arsênio, está parada porque o transporte oferecido pelo governo municipal de Santos parou de pegá-lo. “A lesão medular que tive é reversível. Eu posso voltar a andar um dia e é essa esperança que me dá ânimo para continuar a viver”, diz.
Crimes de PMs aconteceram no mesmo dia, hora e cidade
Foi entre a noite do dia 10 e a madrugada do dia 11 de abril, exatamente um ano após o atentado que deixou Arsênio paraplégico, que a onda de violência que aterroriza a Baixada Santista começou. A morte de um PM foi o estopim para o início dos ataques deste e dos outros anos.
Arsênio não tem dúvidas: os casos estão interligados. Durante a investigação dos crimes cometidos pelo soldado Aparecido, a polícia levantou a hipótese de que os atentados seriam um teste para que o soldado fosse admitido no grupo de extermínio “Ninjas”, responsável pela morte de 22 pessoas em abril de 2010. A hipótese nunca foi comprovada.
Nesta quinta-feira, três policiais militares foram presos pela execução de duas pessoas em Santos. A participação deles é investigada em outros seis assassinatos e cinco tentativas. Assim como Aparecido, o trio trabalhava no 6º Batalhão. A Corregedoria nega que um grupo de extermínio continue atuando na Baixada Santista.
(extraído de http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/20583/Vitima+de+atentado+na+Baixada+vive+na+miseria )
Gostaria de saber uma forma de ajudar esse pobre rapaz..... Acredito que apenas minhas orações, mesmo tendo fé de que elas são ouvidas, não irão ajudá-lo da maneira que ele precisa..... Sofro com isso ... ... ...
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