Sábado, 29 de maio de 2010 - 22h56
Onda de violência
Renato Santana
A Tribuna - Santos
Coronel Admir Gervásio: ´Ninguém aponta culpados, mas suspeitas sobre policiais são fortes´
Há cinco dias no cargo, o novo corregedor da Polícia Militar, coronel Admir Gervásio Moreira enviou para a Baixada Santista oito viaturas do Patrulhamento Disciplinar Ostensivo (PDO) e uma equipe do Setor Reservado.
O objetivo é agilizar o esclarecimento sobre a participação de policiais na matança ocorrida na região, entre os dias 18 e 26 de abril, vitimando 23 pessoas.
Em entrevista a A Tribuna, coronel Gervásio afirmou que a estratégia das diligências, além de fiscalizar os PMs, é se aproximar dos policiais honestos para chegar aos responsáveis pelos crimes. “Uma das nossas prioridades é a Baixada Santista. Estamos com viaturas atuando dia e noite para combater esses casos que colocam em risco o nome da instituição”.
A onda de violência ocorrida em abril foi motivada pela execução de um policial da Força Tática, em Vicente de Carvalho, Guarujá, a mando de um traficante. Em retaliação, grupos de extermínio iniciaram uma série de assassinatos. Vinte e duas pessoas foram mortas.
“Não há testemunhas e até agora nenhum policial foi afastado de suas funções e preso. Pedimos para quem tiver informações: denuncie”, disse. Para o corregedor, a situação é complexa: ninguém aponta culpados, mas as suspeitas do envolvimento de policiais são fortes.
O novo corregedor, além das medidas tomadas para a Baixada Santista, assumiu o Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga a morte do comandante da Polícia Militar na Zona Norte de São Paulo, José Hermínio Rodrigues, assassinado em 2008 quando investigava um grupo de extermínio.
domingo, maio 30, 2010
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