Lembram-se dos Crimes de Maio de 2006? Quando também às vésperas de uma eleição a polícia e grupos paramilitares do estado de São Paulo, comandado à época pela mesma turma de Serra, Geraldo Alckmin e de Claúdio Lembo, matou mais de 500 pessoas pelas periferias durante o curto espaço de uma semana (de 12 a 20 de maio)? Nós nos lembramos bem, pois nossos filhos foram assassinados por policiais e grupos de extermínio naquela ocasião! E enquanto os Josés Serras, do dia para a noite, se escandalizam na TV para que apurem a violação de um sigilo de cartório, nós todas estamos a 4 anos, três meses e cerca de 15 dias sem a devida investigação, julgamento e punição de nenhum dos responsáveis pelos assassinatos de nossos mais de 500 meninos, entre mortos e desaparecidos.
ASSISTA AO VÍDEO DE GERALDO ALCKMIN SE ESQUIVANDO SOBRE OS CRIMES DE MAIO DE 2006
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,suspeito-do-atentado-contra-comandante-da-rota-e-morto-em-itaquera,604088,0.htm
Suspeito do atentado contra comandante da Rota é morto em Itaquera
Paulo Telhada afirmou 'não ter dúvidas' de que homem é o atirador que tentou matá-lo há um mês
SÃO PAULO - O suposto autor do atentado cometido há um mês contra o comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foi morto em confronto com a polícia na madrugada desta quinta-feira, 2, em Itaquera, zona leste da capital. O tenente-coronel Paulo Telhada, que está em férias, foi chamado para reconhecer o rapaz no hospital e afirmou "não ter dúvidas" de que ele é o atirador que tentou matá-lo em frente à sua casa.
O suspeito vinha sendo investigado pelo serviço reservado da Polícia Militar desde o atentado e era o principal suspeito do crime. Ele dirigia um Gol prata no começo da Avenida Jacu Pêssego quando foi abordado por viaturas da Rota, mas se recusou a parar e foi perseguido em alta velocidade por cerca de sete quilômetros.
Na Rua Serra de São Domingos, altura do nº 72, por volta da 0h30, o homem embicou o carro na garagem de um edifício residencial e saiu com uma pistola calibre 45 em punho, atirando, segundo os policiais. Eles reagiram com metralhadoras e o suspeito, baleado quatro vezes, morreu enquanto recebia atendimento no Hospital Santa Marcelina.
Telhada disse que tinha acabado de chegar de viagem quando foi chamado para reconhecer o homem no hospital. O comandante da Rota também compareceu, à paisana, ao local do crime e ao 32º Distrito Policial, de Itaquera, onde o caso foi registrado. "Sem sombra de dúvida, foi este indivíduo que disparou onze vezes contra mim no mês passado", afirmou. Segundo ele, o atirador estava no banco de passageiro do veículo que o abordou na porta de casa, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo, no final de julho.
Segundo a polícia, o Gol prata dirigido pelo criminoso não é roubado, mas pertence a uma pessoa procurada pela Justiça. Dentro do carro, havia um fuzil e cerca de 20 quilos de cocaína. Indagado sobre como se sente ao ver o criminoso morto, Telhada afirmou que "como cidadão e pai de família, estou triste, pois este rapaz poderia ser um trabalhador".
Atentado
Paulo Telhada foi vítima de um atentado por volta das 11 horas do dia 31 de julho deste ano, na zona norte de São Paulo, quando saía de casa, na Freguesia do Ó. O comandante da Rota deixava a garagem de casa em uma caminhonete quando um carro com dois homens parou em frente ao seu veículo. O passageiro abriu o vidro e disparou diversas vezes contra o policial. Telhada se abaixou dentro da caminhonete até a dupla de atiradores fugir e não foi baleado. Os disparos acertaram o carro do tenente-coronel, o muro da casa e um veículo estacionado na rua.
Texto atualizado às 18h05.
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